domingo, 28 de novembro de 2010

A Menina do Cabelo de Ouro

Era uma vez uma menina com o cabelo de ouro, ela vivia numa casa enorme com o jardim mais bonito do mundo onde sempre era primavera. E as pessoas da cidade onde ela vivia a invejavam, mas mesmo assim costumavam ir até a casa dela desfrutar de tudo o que ela tinha; e eles sempre diziam: “oh! Como sua casa é linda” ou “ nós todos gostamos tanto de você”. E a menina sempre ficava feliz em recebê-los.
E todas as noites, enquanto ela dormia, eles entravam em sua casa e arrancavam um fio dos seus cachos de ouro e pensavam: “ela nunca vai perceber, não há com o que se preocupar”.
Um dia a menina acordou e não havia um fio se quer em sua cabeleira dourada, mas ela não se importava e foi para o jardim esperar pelas pessoas da cidadezinha, mas ninguém apareceu, nem no dia seguinte, ou o que sucedeu este. E a menina ficou sozinha novamente, esperando pacientemente. Até que muito tempo depois –tanto que sei cabelo já havia crescido- as pessoas voltaram e continuaram a dizer o quanto sua casa e seu jardim eram bonitos e quanto ela amava eles e a desfrutar de tudo o que ela tinha.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Está vivo! Está vivo!"

Hoje eu resolvi ressuscitar o blog.
O motivo? A pagina de um amigo meu.
Ele me passou o endereço novo e eu achei tão bonito e tão legal que percebi o quando sentia falta de escrever em um blog.
Já pensava em voltar. Essa idéia me vinha toda vez que olhava pro blog, mas a vontade não era forte o suficiente. Eu pensava no quanto me era difícil publicar coisas com freqüência e acabava desistindo.
Mas então eu fiquei inspirada! Vi a pagina do meu amigo e achei tão bonito, olhei pro meu velho e morto blog e lembrei do quanto era legal e ai resolvi voltar! E decidi fazer tudo novo. Novo endereço, novo nome, novo desing... Mas... o antigo era tão bonito, e eu realmente gostava dele, ai achei que ia ser bem mais legal ressuscitar ele.
Então, pra comemorar, um poema que é antigo, mas acho que tá valendo assim mesmo.



Victoria’s secret

Não são lagrimas de mentira que lhe escorrem a face
Mas ainda assim seu pranto é uma mascara,
Que oculta toda verdade.

Ela é toda egoísmo,
E seu lamento é só para seu fardo,
Nada é realmente para ele.

A culpa é sua companheira inseparável,
Consumindo-a miseravelmente todos os dias,
Mas talvez esse seja um preço justo a se pagar
Por pecado tão vil.

Os olhos dele – mesmo eternamente fechados – denunciam-na.
É como se ele pudesse berra para todos seu ato infame.
Mas ninguém a julga pensam que o choro é por causa dele
Mas ela sabe que por de trás das cortinas do palco,
Há uma realidade angustiante.

terça-feira, 20 de abril de 2010

curtas

Já faz um tempão que eu vi no blog do Publisher uma lista com os indicados ao oscar, e lá tinha o nome de alguns curtas, então eu - que adoro assistir curta - resolvi procurar no youtube.
E, essa semana eu lembrei deles e resolvi colocar os que gostei aqui. Espero que gostem. :)

The lady and the reaper






French Roast

domingo, 18 de abril de 2010

Amarga


Tanto tempo, tanto tempo.

Eu olho para os meus dedos e eles são finos e flácidos, meu rosto, antes viçoso, agora está enrugado feito fruta velha. Eu estico os lábios, quem sabe um sorriso devolva um pouco da vida que me foi roubada? Mas é uma tentativa falha, não há nada além de uma boca esticada. De meus olhos fugira todo o brilho e restou apenas o cansaço.

Lastimoso para mim é olhar no espelho e ver, ao invés da bela jovem de outrora, uma casca desgastada.

Foram-se os encantos, os amores, a diversão, a beleza, as festas, a bajulação, a bebedeira, foi-se a juventude e com ela a vida.

Quem diria que um dia eu, que fora tão alegre, ficaria tão amarga, passando os dias a resmungar de tudo, detestando o mundo e a vida.

Vez por outra a morte bate a minha porta, mas eu me escondo, finjo que não estou, pois, por mais que abomine esta existência temo mais que tudo fenecer e, por instinto, minha alma se prende ao corpo se recusando a sair.

E então eu permaneço aqui, rabugenta e senil, vendo a vida esvanecer de pouco em pouco.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Quer ganhar livro??

A Loja do Altivo e o blog A Leitora estão com uma super promoção na qual você pode ganhar um exemplar do livro Ladrão de raios, pra quem se interessar basta ir aqui para ver as regras e participar.

domingo, 21 de março de 2010

A musa e a Outra

Felicidade é coisa efêmera, que quase nunca notamos presente, mas da qual sentimos falta quando se vai, e arrependemo-nos por dela não termos desfrutar o suficiente. Mas diga-me, quanto dela é o suficiente? Não se tem a medida certa, e é impossível de se saber. Talvez nunca seja o suficiente, talvez em alguma hora seja. Ninguém pode dizer, mesmo que passe a vida pensando nisso.

E a tristeza. Essa, que nós – homens- distorcemos, degradamos e difamamos, da qual sempre fugimos, também tem lá sua beleza, mas é tão oposta da felicidade quanto se pode notar.

Quando aparece logo é notada, mesmo o mínimo dela já nos parecesse mais que o suficiente e nunca desejamos que volte – as vezes sim, mas não a plenos pulmões – nem por um misero segundo.

Mas por mais que a reneguemos, usufruímos o Maximo dela. É dela que vêem as mais belas e famosas obras, pois nela há profundidade o suficiente para isso. Ela é musa, inspiradora dos maiores músicos, escritores, pintores. Artistas!

E a felicidade? Ela fica num canto, esquecida, esperando uma brecha para aparecer. Desejando ser pintada, querendo ser musa também.

Mas transformar a felicidade em arte não tem graça, não é chamativo. A felicidade serva apenas para passar despercebida e para depois sentirmos falta dela – ou não.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Para desenferrujar

Não, o blog não morreu.
Devo dizer que até cogitei a possibilidade, coloquei até em pratica. Mas hoje, depois de dar uma fuçada nele, bateu uma saudade e eu decidi ressuscitá-lo.
Então, pra desenferrujar vai um vídeo e um texto inspirado na musica.






Lá estava ela, de novo, bebendo whisky barato e fumando cigarros. Tão linda. Os cabelos longos e loiros caindo em cachos, os lábios perfeitamente pintados de vermelho, os olhos feitos chuva, cinzas e aguados, e sob o esquerdo uma pinta. Usava um vestido negro e longo, de um tecido brilhante que o fazia parecer o céu estrelado. Sofisticado de mais para aquela espelunca em que ela estava. Ela era bonita demais, doía olhá-la. Não pela beleza, mas porque ela era um blues interminável e dolorido. E eu me perguntei o porquê, uma dama daquelas poderia ter muita coisa. Certamente poderia ter muitos homens aos seus pés, mas não tinha. Não tinha porque não queria, não ligava para nenhum deles...

- Ei! Camarada. – Chamei o garçom mais próximo - Você conhece aquela dama? - Bem, ela vem aqui sempre senhor, mas não fala nada, só pede as bebidas. -Mas você sabe alguma coisa sobre ela? - Olha... Não sei se deveria ficar falando dessas coisas...

Ele não ia me dizer muito, então lhe dei uma nota e as respostas vieram fáceis.

- Pelo que eu sei ela é da alta sociedade, ou pelo menos era, até que teve um romance com um homem e ele a trocou por outra. Desde então ela ficou assim... Pobre mulher.

O garçom balançou a cabeça e foi para outra mesa onde o chamavam. Então era isso, amor. Amor esfrangalhado e pisado, abandonado em uma esquina qualquer. Como um homem poderia fazer aquilo, trocá-lo por outra, logo ela que era tão linda. Que conseguia ser bonita mesmo ofuscada por aquela sordidez. Se fosse eu no lugar dele, se fosse eu a ter o amor dela, eu nunca faria pouco dele. Não a deixaria por uma qualquer. Ora, eu poderia tentar. E se eu falasse com ela, talvez eu conseguisse um pouco de sua atenção. Levantei-me e fui até sua mesa, parei bem em frente á ela. Não houve um movimento, nem uma olhada se quer... Suspirei. Talvez outro, ou quem sabe ninguém, mas não eu. Depois daquela noite nunca mais a vi. Não acho que ela tenha mudado de lugar eu que mudei. Na verdade acho que ela continua freqüentando aquela espelunca, se afogando em lagrimas, whisky e cigarros.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Do nome

   Um nome. O que há num nome?
   Se você perguntar isto a Shakespeare ou a maior parte das pessoas, certamente estes lhes responderiam que o que chamamos de rosa com outro nome certamente teria o mesmo perfume, e blá, blá, blá....
   De fato, não me parece completamente errado dizer isso, mas não tomo como verdade absoluta. Um nome não é algo insignificante, dispensável, um nome tem seu valor, tem seu poder.
    Nomes têm efeito atrativo, eles podem atiçar a curiosidade ou dispersá-la. É involuntário, imperceptível, pode até não ser algo interessante, mas seu nome, ah! Este é!, ele te chama e faz com que você fique até descobrir o suficiente para perder o importância, para conseguir ir embora sem arrependimento.
    Mas um nome, por mais incitante que seja não tem o poder de mudar algo, não pode mudar sua essência, seu jeito de ser, sua forma, cheiro, cor, nada. Aquilo continuará sendo Aquilo independente do seu nome.
      Ou seja, um nome não é algo insignificante, pois ele instiga, te faz fuçar algo, mas não faz um ser, sua mudança não faz com que Aquilo deixa de ser o que era, e sua existência não faz com que Aquilo seja o que é.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um conto de um poema antigo

Esse conto eu escrevi a partir de um poema muito antigo que encontrei faz algum tempo. Quando eu escrevi o poema eu só tinha 11 anos e, obviamente, não estava muito bem escrito. Ele era sobre um mulher de lugar nenhum, e, eu sempre achei que havia um pouco de mágica nela...
Bem, esse conto vai ser pra minha amiga Marina.
 Espero que você goste mia.  


                                                                     ~..~


                                                                     Her


          Quando todos acordaram, ela já havia partido. Assim como ela o estranho também não se encontrava em lugar algum.
          Quase todos borbulharam jubilo dentro de si quando ouviram a notícia, mas colocaram mascaras e disseram “Oh! Que pena, vamos sentir sua falta”.
          Os homens apenas lamentaram a falta da paisagem que ela lhes proporcionava e dos serviços que á eles prestava sem nada cobrar; As mulheres sentiram-se como se ganhassem uma batalha “Finalmente da maldita encantadora de homens nos livramos” pensaram. As crianças aos prantos ficaram “Não haverá mais flores na primavera? Ou histórias de reinos longínquos sobre dragões, donzelas, bruxas e príncipes?” Perguntavam.
        Quase todos achavam que ela tinha partido com o forasteiro, mas não. Ela nunca iria para o mesmo lugar que aquele homem, ela se fora muito antes dele, para um lugar bem mais distante.
         Durante todos esses anos ela viajou de cidade em cidade tentando se encaixar em algum lugar, mas ela nunca conseguia. Pro algumas vezes achou que nunca ia encontrar o que tanto queria, mas quem sabe ela só estivesse procurando do jeito errado, entretanto ela não sabia outra forma de encontrar. A cada vila sentia uma pontada de esperança que ia crescendo até tomar conta de todo o seu coração, apenas para desaparecer quando ela precisava ir embora.
        Não fora diferente nessa cidade. Não foi ali que ela encontrou um lugar só seu ou alguém só para ela, e agora já passara da hora de partir deixando o mínimo de vestígios possíveis. Deixando apenas algumas lembranças que serão apagadas rapidamente pelo tempo.
        E naquela cidadezinha ninguém nunca mais ouviu falar dela ou do forasteiro, exceto por um sussurro que o vento trouxe algo sobre uma mulher de lugar nenhum, mas depois disso mais nada.
        Talvez ela ainda esteja procurando pelo seu lugar e o seu alguém, mas eu desejo que ela já tenha encontrado e que ela não precise mais ir de cidade em cidade para procurar o que lhe falta.

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